CARLOS GUERREIRO
Carlos Guerreiro (Barreiro, 8 de julho de 1969), teve a sua iniciação profissional no atelier Risco, de Daciano da Costa, entre 1992 e 1996, depois de ter frequentado o curso de design gráfico no IADE, que abandonou. Colaboraria com o atelier NovoDesign entre 2000e 2004 e em2009 fundou com dois amigos de longa data o atelier Mendes Alvoeiro Guerreiro Atelier.
Uma fotografia de Steve Stoer em que Carlos Guerreiro aparece debaixo duma placa de trânsito «Bandas sonoras» (publicada no álbum Tráfego, consagrando-o como um dos cem artistas portugueses da década de 1990), alude diretamente ao contato permanente do designer com os meios musicais: cartazes e capas de cds de bandas como Da Weasel, Wraygunn, Monsterpiece, Telectu, Sclavis e Berrocal, David Ferreira, Amália Rodrigues, Mísia, Gisela João e DJ VIBE.
Para a Fundação Gulbenkian desenhou em grande formato o catálogo dos seus XXII Encontros de Música Contemporânea, em 2008. E em 2012, uma vasta obra para o renovado Ritz Clube, desenvolvida no coletivo MAGA (Mendes Alvoeiro Guerreiro Atelier).
Como argumentista de banda desenhada, colaborou com LX Comics, Jornal da BD, Selecções BD, Público Magazine e Amnistia Internacional, em 2024 assinou o argumento para o livro Almada no fio do tempo (livro que comemora os 50 anos de Almada Cidade).
Participou nos três primeiros salões de Ilustração da Bedeteca de Lisboa.
Foi diretor artístico da revista Ai-Ai, com 2 números, em 1995 e 2015.
Muito ligado ao projeto Jovens Criadores, do Clube de Artes e Ideias, desde a Bienal do Mediterrâneo, de 1994. Desenhou os anuários de 1996 e 1997 e realizou os spots televisivos das Bienais de 1999, 2000, 2003, 2004 e 2005.
No cinema envolveu-se na promoção de filmes de realizadores de nova geração como Joaquim Sapinho (trailer televisivo de A Mulher Polícia, 2003), MiguelGomes (cartaz para o mercado francês de A Cara que Mereces, 2004) e Edgar Pêra (grafismo de O Trabalho Liberta?, 1993).
Na área da imagem em movimento também realizou separadores em motion graphics para RTP2 e YORN.
O trabalho que mais notabilizou Carlos Guerreiro foi, sem dúvida, a revista Belém, desenvolvida no Centro Cultural de Belém pelo crítico da arte e curador Alexandre Melo, de que saíram quatro números, entre a Primavera de 1997 e Outono-Inverno de 1999.
O interesse de Carlos Guerreiro por colagem tem, ainda em 1998, uma ocasião especial de desenvolvimento, coma série de 15 cartazes para uma campanha-exposição itinerante do Instituto do Livro e da Leitura, baseada num trabalho de Fernando Guimarães, sob o mote «Poema lugar de liberdade».
O trabalho com a M2, oficina de artes gráficas a que o atelierMAGA vem atribuindo os seus trabalhos de impressão, levou a uma parceria criativa de que resultou o projeto Chapéu que, entre 2010 e 2016, contribuiu para a divulgação do design e da ilustração portugueses.
Publicação da monografia “carlos Guerreiro” na coleção D, no11 edições INCM Cenografia para peça teatro O Feio, Teatro Arte Viva. Direcção Gráfica para festival “Jazz no Parque” 2019 a 2024, Barreiro.
Design expositivo e imagem gráfica “A Face dos Livros”
Design expositivo e imagem gráfica para “A Face das Músicas” e “Censura, A defesa do
respeitinho” ambas organizadas pelo arquivo Ephemera.
Exposições em Passevite Galeria, Abysmo galeria, DOOF Galeria, Plaster Festival
Poland, Fábrica da Cerveja Faro, AMAC Barreiro, Museu do Design Matosinhos, LAC,
Underdogs Gallery entre outras.